Limite de tolerância para ruído: importância para a saúde ocupacional | Amplitude Soluções Acústicas LTDA
Limite de tolerância para ruído: importância para a saúde ocupacional
A exposição ao ruído é vista como um problema de saúde ocupacional cada vez mais presente na vida dos profissionais, sendo reivindicado como agente de estresse e de baixa produtividade. Diante disso, a exposição a sons altos e vibrações intensas no ambiente de trabalho é um transtorno significativo que as empresas precisam resolver continuamente – daí a importância de falar sobre o limite de tolerância para ruído dentro das instalações industriais.
Neste artigo analisamos mais de perto o que o ruído significa para os funcionários do setor industrial, o limite de tolerância para ruído e as soluções em tratamento e isolamento acústico industrial, diminuindo a insalubridade no local de trabalho, evitando conflitos com as populações circunvizinhas e prevenindo sanções e multas com o descumprimento da legislação.
Limite de tolerância para ruído no trabalho
A maioria das indústrias emitem uma infinidade de frequências de sons, simultaneamente. A exposição a sons altos e vibrações intensas pode estar presente em diversos ramos de atividade como a siderurgia, metalurgia, alimentícia, têxtil, gráfica, entre outros. Isso pode afetar o ambiente laboral, e é por isso que existem regulamentações sobre a quantidade de ruído a que os colaboradores podem estar expostos durante um dia de trabalho.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o limite de ruído ao qual o trabalhador pode estar exposto sem qualquer proteção é de 80 dB(A), em média, por um turno completo de trabalho de 8 horas. Esses níveis não devem ser excedidos.
No Brasil, segundo a NR-15, Norma Regulamentadora que visa garantir a segurança e o bem-estar dos colaboradores no trabalho em âmbito nacional, há dois tipos de ruído ocupacional: o ruído de impacto e o ruído contínuo ou intermitente.
O ruído de impacto é o ruído que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 segundo a intervalos superiores a 1 segundo. Ou seja, um ruído que tenha pequena duração e ocorra em intervalos. Já o ruído contínuo ou intermitente é qualquer ruído que permaneça em um nível estável e não tenha um pico que atue em intervalos.
O limite de tolerância para ruído contínuo ou intermitente não deve exceder 85 dB(A), por máxima exposição diária permissível de 8 horas. Conforme o ruído aumenta, o limite diário diminui – em nível de ruído 115 dB(A), o tempo máximo de exposição diária é de 7 minutos.
A NR 15 deixa claro que não é permitido a exposição a níveis de ruído contínuo acima de 115 dB(A) para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada e por tempo maior do que 7 minutos, oferecerão risco grave e iminente.
Ainda de acordo com a norma brasileira, o limite de tolerância para ruído de impacto é de 130 dB (linear). Nos intervalos entre os picos, o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo.
Falta de limite de ruído como agente de risco
A Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) é considerada uma das enfermidades ocupacionais mais frequentes na população trabalhadora, uma vez que causa alterações estruturais irreversíveis no ouvido interno do trabalhador submetido a ruídos por tempo prolongado. Seus efeitos podem ser profundos, limitando a capacidade de um indivíduo de ouvir sons de alta frequência, entender a fala e prejudicar seriamente sua capacidade de se comunicar.
Assim, pode-se aumentar as solicitações de aposentadoria antes do tempo pré-estabelecido por conta da perda neurossensorial e bilateral, impossibilitando o trabalho e uma boa qualidade de vida, respaldada por lei.
Além dos danos auditivos generalizados, a exposição ao ruído industrial pode causar frequentemente uma variedade de outros problemas crônicos de saúde. A exposição ao barulho e vibrações intensas tem como resultado, por exemplo, a diminuição da coordenação e a concentração. Isso aumenta a chance de acidentes no local de trabalho.
O ruído constante aumenta o estresse, o que pode levar a vários problemas de saúde, incluindo distúrbios cardíacos, estomacais e nervosos. Suspeita-se que a exposição ao barulho seja uma das causas de hipertensão, doenças cardíacas e úlceras estomacais.
Os trabalhadores expostos ao ruído podem queixar-se de nervosismo, tinnitus (zumbido incômodo dentro do ouvido), problemas para dormir e cansaço excessivo. Além disso, a exposição ao barulho também pode reduzir o desempenho no trabalho e causar altas taxas de absenteísmo.
Como geralmente estão localizadas perto de áreas residenciais, o ruído gerado nas plantas industriais pode apresentar vários desafios para os gestores que precisam manter o limite de barulho em um determinado nível.
Portanto, além das considerações legais para os empregadores, que devem proteger os funcionários de serem expostos a níveis perigosos de ruído durante o trabalho, há também as legislações relacionadas ao entorno das instalações fabris.
Isolamento acústico: solução para limite de tolerância para ruído
Engenheiros de plantas industriais e consultores especializados em equipamentos de indústrias precisam manter o controle de ruído em mente – incorporar medidas de controle de ruído no projeto de uma fábrica ou indústria e no processo de instalação de máquinas e equipamentos é menos dispendioso e mais eficaz do que tentar remediar um problema de ruído no futuro. Para isso é possível contar com empresas especializadas que oferecem uma ampla gama de soluções confiáveis de controle de ruído industrial.
Entretanto, se forem detectados níveis de ruído excedentes aos limites regulamentados depois de uma planta construída ou instalada, a assessoria de uma empresa especializada em tratamento e isolamento acústico pode definir as melhores soluções para que fábricas e industrias se encaixem dentro do limite de barulho.
Para isolar o ruído no local de trabalho, por exemplo, existem soluções como remover equipamentos barulhentos para uma sala à prova de som; usar blindagem ao redor da fonte de ruído; instalar gabinetes de controle de ruído projetados acusticamente; fazer revestimento de dutos usando material absorvente acústico; instalar suportes antivibração em máquinas e motores; instalar grelhas, coberturas e envoltórios acústicos, entre outras. Essas alternativas garantem que o som produzido por máquinas, motores, ventiladores, geradores de energia e demais equipamentos seja atenuado para que não afete os colaboradores e a comunidade nas proximidades.
Para auxiliar no limite de barulho e conscientizar sobre sons altos e vibrações prejudiciais no ambiente de trabalho, existem medidores que captam e mapeiam o ruído por um período de tempo. É importante que os gestores entendam exatamente de onde vem o problema do ruído e a melhor forma de resolvê-lo, para mitigar efetivamente o ruído em uma indústria ou fábrica. O empregador é obrigado a garantir que sua empresa cumpra os regulamentos de nível de ruído para segurança e bem-estar dos seus colaboradores, atendendo à legislação e diretrizes atuais de ruído no trabalho.
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